Gacel era um Filho do Vento, senhor do seu oásis e da planície, o Erg (raiz, em árabe, extensões de terra fértil e com vegetações). É a personificação de seu povo, um targuí, tuareg. Sua experiência como caçador, guerreiro e chefe do clã imohag lhe permitia a liberdade das conquistas, viver segundo os sonhos antigos e o domínio completo e respeitoso do Povo do Véu.
"Unicamente os tuareg, e em especial os tuareg solitários, afrontavam sem medo a 'terra vazia', aquela que não era mais que uma mancha branca nos mapas, onde a temperatura fazia ferver o sangue nos meios-dias calorentos, não crescia nem o mais lenhosos dos arbustos, e até mesmo as aves migradoras a evitavam, voando a centenas de metros de altura."
Este livro, do espanhol Alberto Figueroa, é um primor nas descrições de emoções que um vivente solitário e dominado por sentimentos de honra ancestrais vivencia quando afrontado neste seu mundo. Excepcional poesia dramática, de destreza física e inexorável busca pela retidão - e no fim, bem no final, a grande final "... paralisando-o de assombro."
É um verdadeiro desfrute de experiências culturais e ambientais, de valores e resiliência, dotes de resistência, mortes e vivências! Lembra, com certeza, os clássicos 'Dersu Uzala' e 'No país das longas sombras'.
Saudações. Fev/2021.
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