Em uma linguagem 'rápida' e envolvente, o francês Michel Houellebecq apresenta as angústias do homem europeu moderno - ou então, apenas do francês médio, para aliviar os demais... - que é apresentado esclarecido, educado, bem de finanças, mas não de amores!!
Com boas doses de picardia e erotismo, beirando ao porno-pop (?!), Florent-Claude guiava sua Mercedes 4x4 'a todo pano', enquanto sua mente era turbinada pelo novo composto químico estimulava 'por exocitose da serotonina', enquanto tudo - ou a Europa? - vai à deriva.
"...os anos de estudante são os únicos anos felizes da vida, os únicos em que o futuro parece em aberto, em que tudo parece possível, depois disso a vida adulta, a vida profissional, não passa de um lento e progressivo estancamento, (...) nós sempre evitamos rever os amigos da juventude para não ter que encarar testemunhas das nossas esperanças frustradas nem a evidência do nosso próprio fracasso."
A erotização de uma vida toda, a depressão profunda e 'pegajosa', a descoberta de que existem "... em meio a nossos dramas, outros dramas dos quais fomos poupados." - Afinal, apontam para que norte na sociedade moderna? - Se há um sentido de viver plenamente, não há ou, será, apenas uma ilusão hedonista que os deuses jogaram, como uma armadilha em nossos pés-de-barro?
Saudações. Ago/2021.
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