Não sou suspeito em falar, já que estou escrevendo sobre livros. Sou mais de ler do que de ouvir! Mas ler sobre música também pode ser "mania de você"! Escute, enquanto ler ... https://www.youtube.com/watch?v=j5XF9YBuVnQ
Este é o livro (2016) que trata de vida e obra de nossa cantora pop-rock nacional Rita Lee Jones de Carvalho, filha de seu Charles e dona Romilda. Não conheço ou tenho intimidades de intrometido para chamá-la de Ritinha, como ela declara que Hebe à afagava. Mas brasileiros de minha geração (Uni-vos!) podem ouvi-la com esta mesma chamada, "porque, quem não chora dali, não mama daqui", o negócio é tietar mesmo!
Adorei o livro que descobre-nos seu convívio familiar, com direito a fotos e tudo mais, suas performances musicais crescentes, seu sucesso e migrações entre ritmos. Rebeldia e contestação, mas tangenciais à dureza da ditadura militar - coisas passadas do período vigente??
Um verdadeiro panorama de mundo musical urbano do Brasil. As nascentes bandas de garagem e teatros, a estabilidade e shows a partir da parceria com o marido-compositor-músico Roberto de Carvalho, da vizinhança com Elis, da ferveção com Tim Maia, da boa surpresa com João Gilberto e do meio-sangue italiano paulista Adoniran Barbosa (que tem também bonita biografia). Período do rádio, período de shows ao vivo e do sucesso internacional. Dos fuzuês com drogas e épocas ... de vida da época. A autora divaga:
"O pior inimigo da criatividade é o bom senso, mudar, mudar, mudar, nem que seja para pior. Dói mais sorrir na frente dos outros do que chorar sozinha, mas não devo levar a vida tão a sério porque ninguém sai dela vivo."
Verdadeiro gostinho de quero mais, gostaria de ter no livro mais letras para cantar e lembrar "desse tal de roquenrou", já que muito ouvi "que me dá água, na boca", ma non troppo! Vai gostar mais das músicas ou dos livros? Pois então, "baila, baila comigo, como se baila na tribo"!
MAI/2020.
Saudações.
Também gostei do livro, teus comentários são ótimos.