Estamos diante de uma obra maravilhosa, fabulosa! Em termos históricos, em apresentar uma civilização mesoamericana ancestral - os Maias, com sua genealogia Quiché; em apresentar costumes de civilizações já estruturadas em reinos centrais e vassalos, cidades e os estranhos e até hoje admirados povos de 'sacrificadores' ao Deus Sol. Em termos históricos e filológicos, que estuda as línguas, apresenta uma documentação e registros que remontam a cerca de 2.500 anos da era atual, com escrita pictográfica, calendários, leis e deuses - sim, centradamente é um livro da cosmogonia, teogonia e mitologia Maia do surgimento dos Homens!!
Popol Vuh é um compilado da cultura oral e escrita, mas perdida na conquista espanhola da América, por Pedro de Alvarado. Pode ser traduzido como o "Livro da Comunidade":
"Xax qu'etaam vi qo cut ilbal re, qo vuh Popol Vuh u bi cumal." ( em língua Quiché, traduzido ..."e havia onde todos viam e um livro de todos que eles chamavam de Libro del común").
- Foi redigido em língua Quiché por um nativo que o registrou em alfabeto latino (aprendido com os espanhóis) e posteriormente, nesta obra, trabalhado com apreço e deslumbre por inúmeros tradutores, dentre os quais, a brasileira curitibana Josely Vianna Baptista.
Por todos os aspectos históricos, linguísticos e claro, de obra literária que fala da viagem heroica da etnia Quiché, do oriente Império Maia - Yucatán, para as montanhosas florestas da Guatemala (Quauhtlemallan) até o litoral do Pacífico, à leste, este é um dos livros que mais conspirou para o prazer de uma leitura! Para o fantástico tempo em que Itzamná, Deus criador, agiu:
"Tudo ainda em suspenso, ainda silente. Tudo sereno, ainda em sossego. Tudo em silêncio, vazio também o ventre do céu."
- Foto: Quetzal, pássaro endeusado.
E separam-se a água da terra, os deuses e suas naturezas de bom e de maldade - Xibalbá. E lutaram entre si, e forjaram seres falantes para os ovacionar e render tributos, e os criaram e recriaram, modelando suas naturezas.
Portanto, sugestão 'top 10' de leitura! "O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano". (Isaac Newton)
Saudações, Ago/2021.
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