Livro que ficou famoso pela resistência e condenação violenta no mundo islâmico. Mas mais interessante pode ser para sua leitura!
Como outras obras do indiano-inglês Salman Rushdie, esta se inscreve no realismo ficcional, com várias interfaces de romantismo e figurativo fantástico. E como todo bom enredo, cheio de tramas e polaridade – a dualidade universal entre o bem e o mal.
“Mais que a meio caminho, muitos argumentariam, pois Gibreel tinha passado a maior parte de sua carreira singular encarnando, com absoluta convicção, as incontáveis divindades do subcontinente no gênero de cinema popular conhecido como ‘teológico’.”
E estas encarnações ocorrem em dois sobreviventes indiangelicais caídos juntos com os destroços de um vôo entre Bombaim e Londres. São atores que trocam de papéis nessa queda: anjobom-anjomau. Já inspirava os preceitos de um Profeta de uma religião. Suas vidas entre tempos, loucas figuras das telas de TVs e do cinema e de povos que remontam eras, encontram-se em frente ao mar da Arábia e percorrem mais um futuro!
É uma leitura envolvente, muito inteligente e perspicaz na mistura de estilo, nos respingos da história, mas ficcional (!), como o bom leitor observará.
Boas leituras!
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