Goethe escreveu em poucas semanas, em 1774, um curto romance dramático que chocou a sociedade alemã, com repercussões sociais e literárias. Os Sofrimentos do Jovem Werther é um lamento de amor incondicional e infactível, marcando um novo período da literatura alemã e alteando o nome do autor, junto com outras de suas obras, ao cume Olímpico da glorificação até os dias atuais.
O amor impetuoso, de uma nobreza clássica - tipo o que foi dito de seu autor: um deslumbrado pelo 'mediterrâneo' - está acumpliciado em cartas ao seu confidente e amigo Guilherme. O personagem Werther surge como um espécie de alter ego do autor que ama também perdidamente uma 'sua' Carlota!
Ganha-se uma alma gêmea, a natureza prostrada aos devaneios, com as melhores cores decifradas em poemas e valseados, encontros campestres e apaixonantes passeios sob e chilrear gracioso de cotovias ... desfalecimentos...
"Não tenho nenhuma ideia, nenhuma sensibilidade pelas coisas e os livros me causam tédio. Quando faltamos a nós mesmos, tudo nos falta."
Pois bem, sem mais antecipações, espero que apreciem um romantismo meio démodé, nihilista e que veio a me recordar, entre outras cositas..., de dois filmes: Um homem chamado Ove (Hannes Holm, 2015) e Melancolia (Lars von Trier, 2011). Será apenas pelo 'germanismo' ??!
Saudações. Ago/2021 - Oitavo mês do Segundo Ano Pandêmico.
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