No século IX a.C. as tribos que vagavam pela região do que hoje é o Irã, a Turquia, o Iraque e o Paquistão, confluíram para a sedentarização, após longo período de nomadismo. Com o colapso do Império Assírio, o rei parsi Aquêmenes, fundou a dinastia Aquemênidas, longeva e vitoriosa na fundação do Império Persa, de Ciro - o Grande, Cambises I, Dario, Xerxes e outros!
Sob o peso desta herança, os iranianos atuais carregam o dilema de ocupar novamente um espaço glorioso na história ou uma discrição irrelevante. A rota da seda garantiu sobrevida rica e de ostentação – os Jardins da Babilônia, Persépolis e as extensões do Império Romano e Bizantino – que veio a sucumbir apenas recentemente, com a conquista árabe e islamização dos antigos persas.
O autor deste livro, Samy Adghirni, é rigoroso em sua apreciação da atual cultura e condição dos iranianos: uma República Islâmica que ficou com o carimbo da radicalidade e do totalitarismo dos Aiatolás, da censura e intolerância.
Culturalmente e socialmente, as relações pessoais, ainda anseiam por melhores dias. Apesar da modernidade e urbanização de cerca de 70% da população, a República tendeu ao isolamento... ou a ser isolada?! As minorias e as mulheres buscam um espaço na sociedade, um trânsito livre para usufruir o potencial econômico ligado ao petróleo, ao bom nível educacional e aos benefícios financeiros de viverem em um estado de “classe média”, em predomínio.
Acho interessante que conheçamos, por leituras e viagens, pelo convívio e tolerância, a tantas sociedades e povos que habitam nosso ‘torrão planetário’.
Boas leituras e viagens.
Comments