Não há livro que caiba a ancestralidade, a imensidão física e populacional, a diversidade de tantas etnias e a riqueza de contribuições científicas e culturais de tantos povos humanos e suas relações. E quando se aborda Os Chineses, então o desafio multiplica-se por milhões, literalmente!
Mas com este belo livro, que se junta a outros da Coleção Povos & Civilizações, a jornalista Cláudia Trevisan nos oferece um vislumbre abrangente deste povo asiático. - China, palavra atualizada do persa Cin, originário da dinastia Qing/Chin que governou desde o século XVII da nossa era a área do País do Meio, ou País Central: Zhongguó em Piyin, uma alegoria de ser poderoso para considerar os demais como bárbaros e periféricos, e também de não estar no nascente tampouco no poente da terra - mas no centro!
Uma civilização que cativava com produtos como a seda, as especiarias culinárias, a cartografia terrestre e dos céus - assim como seu imperador desde sempre foi representante -, não pode ser simplificado pela política do filho (e não filha...) único, de uma escrita cheia de rabisquinhos e desenhos que serve a todas as suas 55 etnias e deu origem a outras línguas e escritas, como a coreana e a japonesa.
COMPLEXA sociedade, que nos legou a pólvora e a escrita, o papel e a bússola, a filosofia Confuciana e sua disciplina, respeito aos idosos e a rígida hierarquia do poder, que poderia dar suporte à obediência aos inúmeros imperadores, mesmo aos estrangeiros mongóis e manchus, ou ao atual monolítico e excludente partido comunista.
Na geopolítica mundial, dizem muitos que é época da China voltar a ser "central", com domínio de pesquisa, fornecimento, consumo (e esta parece ser a nova ideologia que domina o coração e bolsos dos chineses) e oferta de tantas necessidades e desejos de toda ordem - da nova Ordem Mundial!
Faço votos de boas leituras. Saudações. Jun/2021. - Ano II de uma pandemia (COVID19) que surgiu na China e a quem muitos acendem incensos por suas vacinas.
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