Há uma disputa para um projeto imobiliário na cidade de Bombaim. É a ‘Boa Baía”, que mudou desde o batizado colonial português. Mas um homem, um professor, um idealista, um viúvo, um festejado, um cavalheiro, um intempestivo, um boicotador, um ... último, não se retira da torre.
Fico me perguntando se na Índia a questão que diferencia ‘Torre-e-Bloco’ é a mesma que no Brasil?!
“Com um sorriso e uma nota de cem rupias, inventava ocupações legítimas e escritórios comerciais respeitáveis para seus clientes, inventava esposas para homens solteiros e maridos e filhos para moças solteiras. O corretor de imóveis era um mestre da ficção.”
E o professor Masterji resistia às investidas do empreiteiro, do corretor, dos amigos (?), dos vizinhos, dos parentes, dos agentes... e tudo por quê? Nem ele bem sabia...
“Masterji viu diante de si não apenas dois advogados intimidantes, mas a presença primitiva da autoridade. Terá sido assim que meus alunos me viram durante todos aqueles anos? Sob o teto rebaixado, um velho professor se viu esmagado sob o peso do entendimento.”
Pois Aravind Adiga, após o sucesso do ‘O Tigre Branco’, refaz uma reflexão bem urbana, humana, reminiscente e universal nesta obra – ‘O Último Homem na Torre’.
Saudações. Julho 2022.
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