A obra agrupa três peças teatrais de Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière. São a primaflor do lirismo, da tragicomédia francesa do século XVII. Inscreve a comicidade dos típicos burgueses parisienses na sua recente ascensão financeira e os modos da nobreza decadente.
O Tartufo, impostor, desqualifica o bajulador afável e cativante, todo ‘borboleteante’ em torno das herdeiras inocentes. Ao estilo de ‘O pai Goriot’, de Balzac – só que mais malévolo. Mas o bem sempre vence o mal?!
Dom Juan, um personagem galanteador no superlativo. Estilo ‘gardelón’, que deixo vislumbrar no recorte abaixo e no horizonte de sua conhecida fama:
“Dom Juan: E por que não? Existem tantos outros como eu, que fazem a mesma coisa, e que usam a mesma máscara parar enganar o mundo!
Esganarelo: Ah! Que homem! Que homem!
Dom Juan: Agora não se deve ter mais vergonha disso: a hipocrisia é um vício que está na moda, e todos os vícios que estão na moda passam por virtudes.”
O doente imaginário apresenta a usura e maquiavelismo de membros da família do doente... e a hipocondria de Argan, nosso doente imaginário. Todo mal é menor frente aos padecimentos do chefe da casa. Como cauterizar essa ferida? Com um choque de ‘verdade’?!
“Beraldo (irmão do doente...): É uma marca da fraqueza humana, e não da verdade da arte deles.
Argan: Mas é forçoso que os médicos acreditem que sua própria arte é verdadeira, porque usam para si mesmos.”
Cerram-se as cortinas, aplausos à troupe, vivas ao Rei e festa nas cocheiras!
Saudações.
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