A tradução primorosa vem de escritos do francês Béroul, autor pouco conhecido do século XII, que grafou em letras a decantada prosa métrica de tradição oral: O romance de Tristão. Um amor incondicional e irresistível, irresponsável e fulminante, ao melhor dos estilos dos cavaleiros, reis e fidalgos míticos do período pós romano.
- Tristão derrotou gigantes e feras, seus dotes de sagacidade e beleza, força guerreira e amizade sincera dominavam os espíritos sobranceiros. Foi escolhido para guardar e guiar a princesa celta Isolda, a escolhida do rei Marco.
- Mas uma poção, filtro do amor, foi lhes oferecida por engano durante a viagem, tornando-os febris amantes e fulminando o destino de ambos em inglórias artimanhas e furtivos encontros. Mas mentir, jamais! Então, como contornar seus amores com os olheiros e os ouvidos do rei e marido?!
O romance apresenta um pitoresco e ancestral teatro das vaidades humanas, dos dilemas do amor livre e verdadeiro, do adultério e das lealdades. Eram datas da rigidez da honra, do cristianismo estabelecido, das donzelas suspirosas e da nobreza estóica, do amor irrefreável... E como terminará esta tragicomédia romanesca?! Sem spoilers!
A obra deixou descendentes, na música operística de Wagner, no teatro do inglês Shakespeare e nos admiradores daqueles bons roteiros da arte cinematográfica e da literatura.
Saudações. Setembro de 2023.
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