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Foto do escritorMauro Luiz Kaufmann

O Livro do Travesseiro – Sei Shônagon.

Antecedendo ao período dos Xogunatos (1192), em épocas de ditadura militar feudal com o consentimento do Imperador Celestial, o Japão estava governado diretamente pela família imperial e a nobreza. Era o período Heian (794-1192), batizado assim por sua nova cidade imperial (atual Quioto).



O ímpeto de independência em relação à China e à Coreia galvanizava a economia, a administração, e o ‘enlevo da corte’ sobre si mesma! Na literatura despontavam duas mulheres – Sei Shônagon e Murasaki Shikibu (Narrativas de Genji), damas da corte, tratando de poesia e contos, de fatos e do cotidiano de amores. Metáforas da vida palaciana e odes à natureza. A elegância do vestuário e dos costumes, das refeições e gestos delicados, das pinturas e dos sermões xintoístas...


A dama Sei Shônagon recebeu um prêmio: um calhamaço de papéis da Imperatriz Consorte Theishi a quem servia. De sua perspicácia, inteligência e experiências, transformou o presente em uma obra clássica de uma civilização, que apenas no século XVI teria contato com o Ocidente.

“Coisas que são desenhadas: muros danificados, pessoas conhecidas por seu coração bom demais.”

“A canforeira ... É sensação desagradável imaginas seus ‘mil galhos’ intrincados, mas são eles, justamente por seus ‘mil galhos’, que se assemelham aos mil desassossegos do amor.”

É como uma história de costumes ‘tipo Balzac’. Mas para "O Livro do Travesseiro" ser compreendido precisa-se transportar para a história japonesa, tão bem revisada pelo grupo de tradutoras e professoras da USP.


Parabéns pela grande obra de uma mulher! E que alcança o horizonte do tempo “como coisas que passam, passam e passam...”, mas permanecem eternas!


Saudações. Jul 2022.



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