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Foto do escritorMauro Luiz Kaufmann

O Linguado – Günter Grass

Nesta obra excepcional, o autor alemão creio que se supera, em grau e ‘paisagismo’ literário a si mesmo – comparando-a com ‘O Tambor’, clássico!



- ‘O Linguado’ me parece uma alegoria fantástica e histórica. Fantástica porque inclui, como no nome título, um peixe linguado que fala e surge ao pedido dos ‘seus humanos’, junto ao mar Báltico; fantástica porque o personagem narrador segue ao longo do livro reencarnando diversas figuras, em tempos diferentes e encarnado em figuras de um mesmo tempo que interagem.


Alegórica pois são muitos personagens caricatos, daqueles esquecidos no sumidouro das aldeias, dos conventos, quartéis e batalhas.


Histórica porque inicia no neolítico e progride – em idas e vindas – até recentes guerras napoleônicas e distúrbios reais, de sindicatos e revoluções, com sua localização europeia, principalmente no estuário do Vístula, povos poloneses, caxúbios.


Mas atente a tudo, pois temperado por comidas e receitas, temperados por sexo e experimentos de convivências: reis e plebe, freiras e cozinheiras, logicamente... Se agora falamos então de romance, de que obra falamos?!

         

Falamos de uma obra pensante acerca do poder matriarcal e patriarcal, do poder criador e destruidor, das panelas e das lanças, da colher de pau ou do punhal...


Em conclusão, falamos de um livro adulto nos mais diversos sentidos, portanto, um LIVRO FILOSÓFICO!

 

Boa leitura! Grande leitura!

 

Saudações. Março 2024.


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