A jovem autora indiana construí um romance sobre a Índia e os indianos, sobre as migrações transnacionais e sonhos de vidas melhores – cármicas, envolvendo passado e futuro, distâncias temporais e geográficas.
O centro está em Kalimpong, aldeamento das franjas indianas do himalaia, nas desigualdades históricas de períodos coloniais, com todos os benefícios dos herdeiros e a miséria dos deserdados.
A jovem Sai, acolhida pelo avô, juiz do período colonial, sonha um amor inocente com seu professor. Mas os refrões, marchas e desejos emancipatórios dos nepaleses, budistas, caxemirianos, paquistaneses, e todas as etnias tribais do caldo de contínuos dominadores, fazem novos rumos no calor-degelo das montanhas, das monções e dos povos.
“Era importante traçar devidamente os limites entre as classes senão todo mundo se feria de ambos os lados da grande divisão. Criados tinham todo tipo de ideias e aí, quando se davam conta de que o mundo não ia dar a eles e a seus filhos o que dava a outros, ficavam zangados e ressentidos.”
Mas para o filho do velho cozinheiro e faz-tudo do casarão de Cho Oyu, a janela de ruptura e sucesso se abrira... Biju garantiu sua passagem para os Estados Unidos, onde a vida o esperava. E o paraíso estava ao alcance terreno. Biju veria ainda seu Pitaji - pai ( पिताजी )?!
- Encontrei nesta obra mais uma bela leitura cultural de recônditos desconhecidos, de vidas em graça e desgraça, descoberta adicional de outra autora indiana ao ‘cardápio’ de sucessos.
Saudações, abril 2024.
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