Obra contemporânea, investigativa e analítica sobre a desigualdade econômica, foi lançada em 2013 (2014 no Brasil), apresenta uma revisão de tabelas e procedimentos fiscais mais abrangentes e detalhados dos registros de vários países.
Thomas Piketty é economista francês com formação também londrina, locais e cultura prevalentemente liberais para o seu período de estudo e publicação. Mas o autor mostra-se desconfortável, desde o início de sua abordagem, pela incômoda promessa burguesa de derrubar o 'Estado monárquico patrimonialista' para, apenasmente, fazerem as fortunas mudarem de mãos reais aneladas para mãos burguesas democráticas.
O livro tem cerca de 660 páginas, com notas dignas de serem vistas, gráficos que podem vir de 1500 ao ano 2000, mas centradamente de 1800 a 2000. Faz cruzamentos de renda e riqueza com trabalho e capital, derivações de nível educacional e mobilidade social, modelos políticos de representação e confrontações de autores clássicos das áreas econômicas e sociais. É um desfrute!
Na página 472, sobre educação, mobilidade social e meritocracia nos EUA, o autor diz:
"Em especial, as pesquisas recentes mostram que a proporção de diplomas estagnou em torno de 10-20% entre os filhos cujos pais pertencem aos dois quartos mais pobres da hierarquia das rendas, enquanto entre 1970 e 2010 ela havia passado de 40% para 80% para os filhos do quarto mais elevado (os 25% mais ricos). Em outras palavras, a renda dos pais tornou-se um indicador quase perfeito do acesso à universidade."
Obra desafiadora aos nossos horizontes. Como pode-se corrigir os rumos na vergonhosa desigualdade de renda e social brasileira?!
Saudações. Jul/2020.
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Muito boa essa sugestão, Mauro, para entendermos melhor nossa realidade! Abraço.