A epopeia de Humboldt e de Aimé Bonpland pelo mundo ‘bate nos costados’ da América e do Brasil entre 1799 e 1804: desbravadores, cientistas, médico, exploradores, gênios e aristocratas, botânicos e naturalistas... não bastava plantar em estufas europeias, era preciso se deslumbrar com as fontes primitivas exóticas de um mundo ‘intocado’.
O livro de Assis Brasil mistura romance e história, pelos périplos centrados no personagem Bonpland à sombra do grande naturalista Humboldt. Mas enquanto a consagração dos salões europeus aplaudia Humboldt, Bonpland se fixava no sul da América para o apaixonante trabalho de campo, na pesquisa de espécies da flora, na replicação e exploração potencial de cultivos da erva-mate, vivendo cativo, sequestrado pelo ditador paraguaio. E dos amores na casa de taipa e da devoção familiar, até tornar-se Don Amado Bonpland, no castelhano regional.
“Morto está o doutor Francia. Tenho saudades da primeira língua que conheci na América Latina. Lá em Corrientes há aquelas terras que o governador me doou. É uma forma de o destino me devolver ao começo da minha aventura na América. Devo me reconciliar com a língua que me acolheu em Cumaná.”
Dois vultos de uma mesma paixão pelo desconhecido, dois gigantes que ultrapassaram vales, montes, continentes e mares para figurarem nos registros além de seu tempo.
Dentre os diversos estudos que tratam do tema, seleciono um - A viagem de Just- Jean-Étienne Roy (Armand de B ***) ao oeste do Rio Grande do Sul. - visita a Aimé Bonpland na vila de São Borja. (https://periodicos.ufsm.br/balduinia/article/view/14686/pdf).
Saudações. Setembro 2023.
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