A obra remonta às disputas entre muçulmanos e católicos na península Ibérica, com o domínio mouro e a dispersão dos guerreiros cristãos pelos socavões das serranias e das cavernas. Castelos abandonados e ocupados sob a nova ordem do Islã. Entre batalhas de cavaleiros, fidalgos e nobres medievais, ressurge o mais bravo, valente e líder Eurico - herói dos futuros Portugal e Espanha.
"Allah hu Acbar! ... - Cristo e avante! - bradaram os godos: e os esquadrões de Roderico precipitaram-se ao encontro dos muçulmanos. São como dois bulcões enovelados, que, em vez de correrem pela atmosfera nas asas da procela,..."
" - Mas deliras!... - interrompeu Hermengarda. - Que tens tu com o presbítero de Cartéia; com esse ilustre sacerdote, cujos hinos sacros reboavam ainda há pouco pelos templos da Espanha, e quem, decerto,o ferro ímpio dos árabes não terminou!? A tua glória é outra e mais bela; a glória de seres o vencedor dos vencedores da Cruz."
A donzela que por interesses de reinos não correspondeu com o amor a doação e a coragem total de seu adorador, por fim enlouquece, desterrada e despojada de futuro. Um belo e histórico romance, escrito por um autor que viveu pessoalmente a aventura de libertar o reino de Portugal, associando-se à Dom Pedro IV de Portugal, nosso Dom Pedro I do Brasil. Nessa luta, em 1832, é restituída a sucessão portuguesa a uma corrente liberal em oposição ao absolutismo. E Alexandre Herculano, homem de cultura, poeta, escritor, vive toda essa história. Escreve a História de Portugal, estrutura bibliotecas e por fim, aos 56 anos de vida, vive também o seu amor pessoal, alimentado desde a infância!
Viva a leitura e a língua que herdamos! Cinco de maio - Dia Mundial da Língua Portuguesa! MAI/2020. Saudações.
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