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Duas viagens ao Brasil - Hans Staden.

  • Foto do escritor: Mauro Luiz Kaufmann
    Mauro Luiz Kaufmann
  • 3 de jul. de 2021
  • 1 min de leitura

Ho! Ho! - Um livro para devorar!, como diz Eduardo Bueno na tradução deste pequeno grande livro! Desde que foi publicado em 1957 em Marburg, o mundo europeu Quinhentistas esteve deslumbrado com os relatos de Hans Staden e sua "História Verídica e descrição de uma terra de selvagens, nus e cruéis comedores de seres, situada no Novo Mundo da América".



Estamos século XXI e ainda nos extasiamos com a aventura do artilheiro alemão que naufragou no litoral brasileiro e foi capturado pelos Tamoio no fortim de Bertioga (buriqui-oca = morada dos macacos, em tupi). Permaneceu em lamúrias na aldeia indígena, comeu o pão e barro que a chuva irrigou e, com suas lágrimas, com que também os corações da indiada foi amolecido. - Na verdade, acharam-no desprezível para o ritual 'antropofágico' devido sua covardia, que poderia incorporar maus espíritos na tribo, sendo sua 'água de salvação'!


E assim o alemão descobriu maneiras de permanecer vivo e escrever um best seller. Seus nove meses cativos entre os Tupinambás forma relatados 'vividamente' com as cores da terra e suas gentes: hábitos guerreiros e disputas entre as tribos, vida entre cabanas e expedições de ataques, a nudez e o desenrolar do cotidiano e dos festins antropofágicos, nisso incluído, é claro, as preferências culinárias da terra.

É um livro clássico da historiografia nacional, com um dos primeiros relatos 'imersivos' de um estudo antropológico participante não voluntário!! Não deixe passar mais séculos sem sua leitura.


Saudações. Jul/2021 - Sétimo mês do segundo ano pandêmico do século XXI.


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