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Foto do escritorMauro Luiz Kaufmann

Burr - Gore Vidal.

A fundação em 1776 de uma nação republicana a partir das Treze Colônias americanas e independentes nada menos do que da soberana e soberba Inglaterra, concretizaria as aspirações democráticas e emancipatórias de um "Novo Homem".


"Consideramos estas verdades como autoevidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade." (Declaração de Independência do Congresso Colonial, 04 de julho de 1776)

Aaron Burr Jr. constitui-se como personagem título deste livro - Vice-presidente dos EUA na eleição vencida por Thomas Jefferson em 1801. Político e militar desenvolto, galanteador e aristocrata. Neste belíssimo romance histórico, tendo como narrador ficcional o filho de Aaron Burr, as intrigas dos grupos, que anteriormente lutavam unidos pela Independência, são levadas às últimas consequências, incluindo o famoso duelo entre Burr e Alexander Hamilton, este assassinado em defesa da honra e dos brios faccionistas da política.


E envolta na fofocagem geral já corrente - as fake news espalhadas sugeriam uma relação incestuosa de Burr com sua filha, também um conluio para entregar as colônias ao jugo do Império francês Napoleônico e as tentativas de um criação de um novo Reino; Veja-se então a sentença de traição sofrida por Burr, que promovia uma tentativa de secessão da nação americana, aliando regiões do sul americano ao Estado mexicano.



Dentre os "Pais Fundadores" - George Washington, John Adams, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, Alexander Hamilton e outros - deste tenro broto democrático, estavam personagens humanos e orgulhosos, que por razões históricas escapuliram das seduções por um poder imperial monocrático, e sustentaram-se a despeito das sutilezas da divisão Iluminista entre poderes Executivo, Legislativo e Judiciário independentes.


Mas nesta obra do memorável Gore Vidal, que se insere em suas vasta produção como 'da série historiografia americana', sobram críticas à Thomas Jefferson e B. Franklin...


Sem dúvida, um enredo de política, uma obra para ser interpretada com outras com as quais tentaremos instigar, na sequencia, sobre os motivos PORQUE SERVEM AS DEMOCRACIAS!


Saudações. Boa leitura. Ago/2021.



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