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Foto do escritorMauro Luiz Kaufmann

BRASIL. Uma História. Eduardo Bueno.

Esta é uma edição leve e pitoresca de nossa história - o Brasil. Revisita os primórdios antropológicos de povos e ambientes pré-América. Enlaça grupos étnicos indígenas, migrantes europeus conquistadores e o subsequente escravismo horrendo e secular de negros africanos.



"...os índios brasileiros somamvam mais de dois milhões - quase três, segundo alguns autores. Mas, no alvorecer do Terceiro Milênio da Era Cristã, não passam de 325.652 (...) constituem 215 nações e falam 170 línguas diferentes. (...) A expectativa de vida é de 45,6 anos e a mortalidade infantil é de 150 para cada mil nascidos." [A expectativa de vida geral do Brasil é de 76,7 anos].

Povos, ambiente natural e explorado, legislação e domínios privados e de (des)governos que sucederam à atual nação do futebol, praia e carnaval. Todos esses anacronismos fundantes estão nesta obra irônica de nosso solo 'macunaímico' - e veja então: aspectos culturais e de poder desvendados e organizados pelo multiprodutivo Eduardo Bueno.


E o Brasil cresceu e desenvolveu-se: 4,5 milhões de negros, a mão de obra de escravizados foi explorada legalmente até 1888, quando por ato da Princesa Isabel, filha do Imperador D. Pedro II assinou a abolição e, como previu o Barão de Cotegipe: "Vossa excelência libertou uma raça, mas perdeu o trono."

Nesse contexto pós a Lei Áurea, vemos o 'passeio' do Marechal Deodoro da Fonseca que concretiza a "Revolução" da República, onde o prócer Rui Barbosa, ministro das Finanças determina que todos os documentos e registros de escravidão sejam queimados, evitando contestações de indenizações prometidas aos proprietários pela "ética" Iluminista republicana! E também busquem no livro sobre a criatividade de Rui Barbosa com respeito às finanças em si, com a tragédia da emissão de papel-moeda, conhecida como a Política do Encilhamento.


E dando um salto histórico, de páginas no livro, podemos saborear o Tropicalismo, Bossa Nova, do monopólio da TV - tardes com Abelardo Barbosa, o Chacrinha, dos jornais militantes do período da ditadura. E enfim, o fim de uma ditadura militar de 20 anos, que nos legou esperanças e crises inflacionárias, corrupção sistêmica e uma democracia incipiente, que qual nave em ondas tormentosas, ninguém sabe ao certo aonde irá aportar.


Sem dúvida, conhecer a história ajuda a clarear para onde, afinal, queremos ir!



Saudações. Jul/2021.


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