Nesta obra Gore Vidal faz contestações sobre o surgimento da diáspora judaica com o novo cristianismo - religião para os judeus e os gentios. Mas seu enredo é uma mistura de tempos atuais com tempos romanos, com teletransportes, programas televisivos e âncoras.
Na figura fleumática do Bispo de Tessalônica, São Timóteo, estão personificados os primeiros anos de vida d.C. A parceria deste com Saulo de Tarso - São Paulo - pelas cidades romanas da Ásia Menor à metrópole Universal Roma, conhecendo Nero e as ricas viúvas romanas!
Pois, com São Timóteo confirmado no papel de entrevistador da crucificação, Ao Vivo do Calvário, corrige os rumos da história. Mais seriam spoilers... Ao estilo ficcional fantástico, meio inspirador à Dark séries do Netflix, a "mudança de pensamentos" entre o mesmo personagem de tempos futuros e nem-tão-futuro que visitam o passado tentando influenciar nos desfechos da história, garantem a atenção do leitor, como esta conversa de Jesus (ou parábola?) sobre suas motivações e circunstâncias atenuantes:
"Tirou-me do que era, afinal, a dimensão temporal errada para o messias. Quero dizer não havia nenhuma possibilidade de eu derrotar os romanos e restaurar Israel. Já era uma dureza tomar o Templo de modo a poder baixar as taxas de juros..."
Como diz na contra-capa do livro: 'uma gorevidalização' da história, com um trilha segura por autor renomado.
Saudações. Out/2020.
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