Nesta obra, o norte-americano Nobel de Economia de 2008, Paul Krugman, faz uma sinopse e intermediação - a partir de sua consciência e outro sufix'ismo'? - da política norte-americana dos últimos tempos.
Ele conjectura que o 'quase' bipartidarismo entre democratas e republicanos não diferenciava-se em extremos, mas acomodava uma realpolitik de concessões mútuas, de revezamentos constantes de governo e de um certo conformismo com as diretrizes opostas, herdadas e sustentadas pela poder da 'opinião pública' americana.
Para ilustrar em como podem migrar os vetores destas disputas, lembro eu, com a concessão de vocês, que a abolição da escravatura que resultou na dita guerra de Secessão (1861-65), foi capitaneada por um presidente independente sob auspícios do partido Republicano nortista contra os confederados Democratas do sul, escravocratas!
Contudo, já não persistem nesta harmonia as condições atuais. Novos personagens e novos desafios fazem parte da história, já cobertas com impressões preliminares nesta obra de 2007:
"A principal razão para o movimento [conservadorismo radical] ter florescido no país, enquanto pessoas com ideias parecidas são relegadas à margem da política no Canadá e na Europa, é a tensão racial que é o legado da escravatura. Libere um pouco dessa tensão, ou melhor, aumente o custo político que os republicanos pagam por tentar explorá-la, e os Estados Unidos tornam-se menos diferenciados e mais como qualquer outra democracia ocidental, onde o apoio ao Estado do Bem-Estar e às políticas para limitar a desigualdade é mais forte."
Saudações, Set/2020.
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