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Foto do escritorMauro Luiz Kaufmann

16º Festival de Cinema Italiano

-- Anúncio resumido da Curadoria.

17 filmes Inéditos & 17 filmes na Amostra Retrospectiva
https://youtu.be/9eH4hp-R2i4

O nosso festival sempre faz uma seleção de produções recentes e nunca exibidos no Brasil, tanto em salas de cinema como em plataformas streaming. E neste ano, de certa forma, não será diferente, mesmo passando por um período complicado, já que como em todo mundo a epidemia e medidas restritivas prejudicaram o setor cinematográfico na Itália e no resto do mundo.

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Destacamos também o filme dirigido por Alessandro Gassmann, “Il Grande Silenzio” (O Grande Silêncio), que narra os conflitos, os mal-entendidos, as comparações, as vozes e os silêncios de uma família caótica e disfuncional. E na telona ou telinha de casa também veremos as excelentes interpretações de Pierfrancesco Favino, Valerio Mastrandrea e Rocco Papaleo em “Tutti Per 1 – 1 Per Tutti” (Todos Por 1 – 1 Por Todos), que representam Os Três Mosqueteiros, um pouco fora de forma mas nunca enferrujados, e de Stefano Accorsi e Valeria Golino no drama intrigante “Lasciami Andare” (Deixe-me Ir) de Stefano Mordini. E não poderia faltar o filme “Ariferma” (Ar parado) de Leonardo Di Costanzo, apresentado no Festival de Veneza, que traz o talento de Toni Servillo como agente carcereiro e Silvio Orlando, como prisioneiro, pela primeira vez juntos, num enredo imaginário criado após a visita de Di Costanzo a diversos presídios.


A seleção também contempla “La Terra Dei Figli” (A Terra dos Filhos), uma titânica e emocionante história de aventura, além de grande jornada física e sentimental, que fala sobre temas que pertencem cada vez mais ao sentimento comum: o futuro do mundo que deixaremos aos nossos filhos e a importância da memória.


O filme “Una Relazione” (Uma Relação) de Stefano Sardo mostra os sentimentos envolvidos numa longa relação sem compromissos entre um casal. “Morrison” (Morrison Café) de Federico Zampaglione é ambientado no lendário pub de Roma e conta a história do encontro duas gerações diferentes unidas pela paixão pela música: um jovem artista sonhador e um ex-rock star em crise. “Governance” é uma coprodução Itália-França de Michael Zampino sobre o preço do poder e a crueldade empresarial, com intérpretes de alta qualidade. “Lovely Boy” de Francesco Lettiere, apresentado na seleção oficial do Festival de Veneza, mostra a ascensão e declínio de uma estrela da música da periferia romana. “Welcome Venice” de Andrea Segre, também estreante no Festival de Veneza, é um drama ambientado em Veneza sobre três irmãos venezianos que entram em conflito sobre o uso da casa de sua família – um quer transformá-la num bed-and-breakfast para explorar o turismo.


Na sessão comédia o público vai se divertir com a continuação de “Come Un Gatto in Tangenziale”, (Como um Gato na Marginal – Retorno a Coccia di Morto) apresentado na 14ª edição do nosso festival e dirigido por Riccardo Milani. Desta vez, Luca Argentero, integra o elenco ao lado dos protagonistas Paola Cortellesi e Antonio Albanese. Em “Con Tutto il Coure” (Com Todo o Meu Coração), que ficou entre os TOP 5 da bilheteria na Itália, traz Vincenzo Salemme na direção e interpretando um singelo professor que herda o coração de um criminoso. O jovem diretor Alessandro Capitani de “I Nostri Fantasmi” (Os Nossos Fantasmas) apresenta um jogo de “fantasmas” na busca de um lar, com destaque para atuação de Orlando Forte interpretando o personagem Carlo aos seis anos de idade.


Fechando a maratona de filmes inéditos, apresentamos uma justa homenagem à nossa retrospectiva “As Mais Belas Trilhas Sonoras do Cinema Italiano”, com o documentário sobre o compositor, pianista, contrabaixista e maestro Ezio Bosso, de Giorgio Verdelli. “Ezio Bosso – Le Cose Che Restano” (Ezio Bosso – As Coisas Que Restam) conta a incrível história profissional de um artista original e apaixonado, que é motivada pelo desejo de encontrar a sua presença, não apenas uma memória, nas palavras dos entrevistados. O filme é construído num contínuo dueto voz-música, entre pensamentos e composições de Bosso, capaz de passar da Carmina Burana ao rap. O filme também relata levemente momentos fortes, através da luta autodepreciativa e exaustiva de Bosso com a doença e com as ferramentas que se propôs a dominar, graças à sua técnica extraordinária.


Esta fase de relançamento do cinema italiano, ainda não traz de volta as grandes glórias do final dos anos 1950 e início dos anos 1960, mas com certeza traz a paixão única do sentimento italiano de se fazer cinema.


Erica Bernardini - Diretora e Curadora

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